Os responsáveis pelos ataques contra os observadores da ONU devem ser julgados, afirmou a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, que voltou a acusar o regime sírio de crimes contra a humanidade.
«Temos de fazer todos os esforços para assegurar a responsabilização de todos os perpetradores, incluindo os que atacaram os observadores da ONU na Síria», disse Navi Pillay na abertura da 20.ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
A missão de observadores da ONU na Síria suspendeu no sábado a sua atividade, a um mês do final do mandato de três meses, alegando que a violência generalizada no país impede a sua ação.
O chefe da missão, o general norueguês Robert Mood, disse que os observadores «não vão fazer patrulhas e vão permanecer nas suas instalações até novas instruções».
Pillay repetiu que os bombardeamentos pelas forças do regime de Bashar al-Assad constituem crimes contra a humanidade.
«O governo da Síria deve cessar imediatamente o uso de armamento pesado e o bombardeamento de zonas povoadas porque tais ações constituem crimes contra a humanidade e possivelmente crimes de guerra», disse.
Navi Pillay já tinha afirmado anteriormente que a ação das forças sírias durante os 16 meses de repressão da revolta popular deve ser avaliada pelo Tribunal Penal Internacional.
Mais de 14.400 pessoas morreram na Síria desde março de 2011, segundo o Observatório sírio dos direitos humanos.