Saúde

IPO do Porto cobrou irregularmente mais de 12ME à Administração Central do Sistema de Saúde

IPO do Porto dr

Numa auditoria, o Tribunal de Contas (TC) considera que o Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto faturou tratamentos de quimioterapia oral no sistema de ambulatório o que não é permitido pelos contratos programa assinados com o Estado.

O Tribunal de Contas acrescenta que esse dinheiro, mais de 12 milhões de euros, podia ter sido orientado para outros hospitais com mais necessidade.

Em declarações à TSF, o presidente do IPO do Porto, Laranja Pontes, contestou esta avaliação e considera que o TC não teve em conta a evolução cientifica dos tratamentos.

«A regra é um documento técnico de 2003 que diz que os tratamentos têm de ser em injeção ou em infusão, mas entretanto já estamos em 2012 e as grandes inovações terapêuticas que estão a aparecer são todas comprimidos. E neste momento o IPO fornece aos doentes, como é sua obrigação, o melhor tratamento possível em comprimidos e não tem cobertura contratual para os cobrar do ministério», explicou.

O presidente do IPO do Porto garantiu ainda que não pretende alterar os procedimentos: a quimioterapia oral é para manter nos mesmos moldes.

«O IPO continuará a comprar as mesmas terapêuticas, como é evidente, porque não tem outras para comprar. Mete nos seus custos, como metia antes. Não tem a quem cobrar, apresenta prejuízo, é só isso», assegurou Laranja Pontes.