As exposições temporárias vão ser reduzidas em dois terços e as entradas gratuitas vão ser analisadas. O Museu Berardo adapta-se à crise com cortes no orçamento e «postura realista».
A difícil situação no país exige realismo. No caso do Museu Berardo ser realista significa menos exposições temporárias. O empresário Joe Berardo explica que os cortes do orçamento foram inevitáveis «obrigando à redução das exposições temporárias em dois terços».
O colecionador acrescenta que pernate a atual conjuntura «opta por uma postura realista. Não se pode continuar com os mesmos orçamentos. Há cortes em todas as áreas, e as pessoas da equipa do museu têm de ser flexíveis, e mostrar ao público aquilo que está guardado».
Questionado sobre a continuidade das entradas gratuitas - que assim se mantiveram ao longo dos cinco anos - o presidente da Fundação Berardo de Arte Moderna e Contemporânea, em entrevista à agência Lusa, indicou que o conselho de administração da entidade vai analisar a questão ainda este ano. Desde a inauguração do museu que a manutenção das entradas gratuitas foi defendida por Joe Berardo, mas, devido aos cortes no orçamento, que ascendem a 50%, a entidade pondera a possibilidade de cobrar as visitas às exposições temporárias, «as que acarretam maiores custos». «Vamos avaliar e também estudar quanto custa introduzir um sistema de cobrança de bilhetes. Mas nada está ainda decidido», indicou o colecionador.