O CDS diz que a execução orçamental do primeiro trimestre merece «atenção», «preocupação» e «ponderação». Já o PCP afirma que os números são a «confirmação do desastre», enquanto que o BE defende que a receita da austeridade está a provocar o «descontrolo» das contas públicas.
O CDS-PP afirmou que a execução orçamental do primeiro trimestre merece «atenção», «preocupação» e «ponderação» e admitiu que as «consequências imprevistas» do programa de ajustamento financeiro devem ser objeto de análise no âmbito da próxima avaliação da 'troika'.
O défice orçamental no primeiro trimestre agravou-se para 7,9 por cento do PIB, ficando acima da meta de 4,5 por cento prevista para o final do ano e acima dos 7,5 por cento verificados em igual período de 2011.
Para o porta-voz do CDS, o deputado João Almeida, estes dados «merecem atenção, merecem preocupação e merecem ponderação».
Já o PCP afirmou hoje que os dados da execução orçamental do primeiro trimestre são a «confirmação do desastre» e exigiu ao Governo que esclareça se vai «mudar de política» ou adotar novas medidas de austeridade.
«Estamos perante a confirmação do desastre, a confirmação de que, apesar da 'troika' e da austeridade absolutamente violenta que é pedida ao povo português, nada disto resulta, de que isto tudo é incompatível com o crescimento, com o desenvolvimento do país e com a consolidação orçamenta», afirmou o deputado Honório Novo.
Do lado do BE, o deputado Pedro Filipe Soares defendeu que a receita da austeridade está a provocar o «descontrolo» das contas públicas.
«Os dados do INE dão conta de um desclabro das contas públicas; as contas estão descontroladas e há uma hecatombe na receita fiscal. Isto tem uma causa: a recessão que decorre da austeridade está a levar as contas públicas para um desequilíbrio brutal», sublinhou.