Portugal

Covilhã: Ministro considera manifestação legítima

O ministro da Economia classificou como «legítima a manifestação contra o Governo que enfrentou na Covilhã e assegurou que o Executivo tem intenção de «manter um diálogo social muito grande».

Algumas dezenas de manifestantes bloquearam hoje de manhã a saída do automóvel do governante, após uma visita ao Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã.

À saída do edifício do parque, a comitiva do ministro tentou evitar os manifestantes que exibiam tarjas e gritavam palavras de ordem contra o Governo, mas, já na rua, o ministro viu-se confrontado com dois contestatários.

Apesar de insultado, insistiu em lhes dirigir a palavra e acabou por ser cercado pelos outros participantes na manifestação.

Enquanto tentava falar, e apesar da intervenção do presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, o governante continuou a ser insultado e vaiado até entrar no carro.

Quando tentou avançar, houve manifestantes que se colocaram à frente e em cima do automóvel durante alguns minutos para impedir a marcha, acabando por ser retirados por outras pessoas e por um elemento policial armado descaraterizado.

Poucos minutos depois da comitiva ministerial ter saído do local, Luís Garra, coordenador da União de Sindicatos da CGTP de Castelo Branco, dirigiu-se aos manifestantes.

Referiu que o protesto foi a forma encontrada para «fazer ouvir o descontentamento dos trabalhadores», dado que o ministro não previu qualquer encontro com as forças sindicais.

Depois dos incidentes, Álvaro Santos Pereira visitou a fábrica de confeções Dielmar, em Alcains, em redor da qual já se encontravam diversos militares da GNR - ao contrário do que aconteceu na Covilhã, em que não se vislumbraram elementos das forças de segurança.

À saída da unidade fabril, o ministro referiu que as medidas tomadas pelo Governo «são importantíssimas para ultrapassar as dificuldades, mas nem toda a gente está contente».

«Não podemos estar contentes com a crise que vivemos e por isso é que as reformas são tão importantes para ultrapassar a situação atual», reafirmou.