A assembleia-geral da Metro do Porto, agendada para hoje com o objetivo de eleger os novos órgãos sociais, foi suspensa por 15 dias, devido à ausência do representante do Estado, mantendo-se Ricardo Fonseca na presidência.
A assembleia-geral, marcada para as 15h30, chegou a ser dada por iniciada, explicou aos jornalistas o presidente da mesa, Valentim Loureiro, mas foi decidido suspender os trabalhos de modo a que fossem continuados dentro de 15 dias, já com a presença de um elemento em representação do Governo.
Valentim Loureiro esclareceu, ainda, ter entregado ao conselho fiscal da empresa a gestão em termos administrativos, tendo a sua presidente, Fernanda Martins, solicitado ao conselho de administração cessante a continuidade durante os 15 dias de interregno, pedido que dois dos elementos presentes rejeitaram, apesar da aceitação do presidente Ricardo Fonseca e do administrador executivo Jorge Delgado.
A situação foi desbloqueada pela intervenção do secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, que se comprometeu, segundo Valentim Loureiro, com a resolução do assunto «impreterivelmente» dentro de duas semanas.
«Perante algo que me parece uma manifesta incapacidade do Governo, naquilo a que à Junta Metropolitana do Porto (JMP) diz respeito, esta está em condições de gerir o Metro durante estes 15 dias por via da mesa da assembleia-geral», afirmou o presidente da JMP, Rui Rio, à saída de uma reunião que durou cerca de três horas.
Rio acrescentou que não foi apresentada uma justificação para a ausência de um representante do Estado, apesar das tentativas de contacto feitas durante a tarde.
Esta manhã, a JMP aprovou João Velez de Carvalho (ex-administrador da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto -- STCP) para presidente da Administração da Metro do Porto, nome que deveria ter sido votado esta tarde numa assembleia-geral daquela empresa.
Um dos pontos da ordem de trabalhos da assembleia-geral prevista para esta tarde era a eleição de novos órgãos sociais, adiada já por duas vezes desde março.
O atual conselho de administração, cujo mandato já terminou em dezembro de 2010, pediu a demissão em bloco em finais de maio, aquando da última assembleia-geral da empresa, com efeitos a partir do fim deste mês, por não terem sido nomeados os novos órgãos sociais.