Vida

Valência: Temperaturas elevadas e vento complicam combate a incêndio

As elevadas temperaturas e a mudança de ventos contribuíram para que o incêndio no município valenciano aumentasse para o dobro nas últimas horas.

Fontes da Unidade Militar de Emergências disseram à agência de notícias espanhola EFE, que o fogo avançou muito nas últimas horas apesar do esforço que se está a fazer para o controlar, tornando-se no «mais difícil» dos que estão ativos, tendo queimado dezenas de milhares de hectares de floresta.

Por isso, os meios de combate foram reforçados, estando no local 100 veículos, 19 autobombas, dois helicópteros e oito aviões Canadair, com o objetivo de evitar que o incêndio que deflagrou quinta-feira em Andilla (Valência) não chegue ao Parque Natural da Serra Calderona, nem às povoações de Llíria e Casinos.

Na zona de Valência está outro incêndio ativo, desde quinta-feira à tarde, em Cortes de Pallás, onde os bombeiros tentam evitar que as chamas cheguem às povoações de Yátova, Alborache e Macastre.

Por precaução foram retiradas de suas casas cerca de 1.700 pessoas.

De acordo com a EFE, o entendimento das autoridades espanholas é de que é preferível «pecar por excesso» e por isso optaram pela retirada de pessoas nas localidades de Teresa, Sacañet, Canales, Gátova, Marines Viejo, na urbanização El Real de Marines, para além de Oset, Artaj e Pardanchinos, entre outras.

Entretanto, a Cruz Vermelha Espanhola aumentou para 900 o número de camas disponíveis em albergues, na sequência da evolução dos incêndios, assim como o número de voluntários, para cerca de 150, que dão apoio às pessoas afetadas.

Dezenas de paróquias valencianas disponibilizaram também as suas instalações para ajudar as pessoas que foram desalojadas na sequência dos incêndios, distribuíram comida e têm ajudado no realojamento.

Os presidentes das Câmaras Municipais de Cortes de Pallás, Catadau, Llombai e Andilla consideraram estes incêndios um «drama», mas salientaram que as operações de retirada de pessoas das povoações das zonas afetadas impediram quaisquer danos humanos.

«Temos que ficar contentes por isso», disse Enrique Sáez, presidente de Cortes de Pallás, onde cerca de 100 pessoas, de três aldeias, tiveram de abandonar os seus domicílios.

Os fogos levaram também ao corte preventivo de 13 estradas da zona.

O rei de Espanha telefonou hoje ao presidente da Província de Valência, Alberto Fabra, para se informar sobre a evolução do combate aos incêndios.

O presidente do Governo Espanhol também telefonou a Fabra para lhe transmitir o apoio do Governo e expressar solidariedade para com pessoas retiradas de suas casas.