Saúde

Sindicatos recusam reunião com ministro da Saúde

Médico

As duas organizações sindicais que convocaram a greve dos médicos anunciaram que «não existem as mais elementares condições» para participar no encontro com o ministro da Saúde.

«Não existem as mais elementares condições para se poder concretizar qualquer reunião negocial antes do protesto», referiram.

Em comunicado conjunto, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) acusam o ministro da Saúde de «introduzir novos e graves fatores de conflitualidade ao ameaçar com a requisição civil dos médicos face a uma greve que respeita todos os parâmetros legais e constitucionais e que assegura integralmente todos os serviços mínimos em vigor».

«Afirmar publicamente a vontade de negociar e ao mesmo tempo ameaçar os seus interlocutores sindicais é um comportamento que não é admissível e não é suscetível de qualquer transigência», lê-se no comunicado do SIM e FNAM.

Hoje, fonte do gabinete do ministro da Saúde disse que o Ministério da Saúde esperava que se realizasse uma reunião com estas estruturas sindicais, com vista à não realização da greve.

«As duas organizações sindicais sempre mostraram um efetivo e sério empenhamento negocial e foi o Ministério da Saúde que durante meses desrespeitou todos os anteriores compromissos nessa matéria e, formalmente, rompeu as negociações», alegam os sindicatos.

A greve dos médicos, convocada pelo SIM e a FNAM e com o apoio da Ordem dos Médicos, está agendada para quarta e quinta-feira, estando prevista para o primeiro dia do protesto uma manifestação de clínicos vestidos com a bata branca frente ao Ministério da Saúde.

Redação