Saúde

Greve mantém-se se não forem cumpridas exigências dos médicos

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Para os sindicatos dos médicos, as propostas lançadas pelo ministro Paulo Macedo não incluíram «propostas concretas» e foram «claramente insuficientes».

O Sindicato Independente dos Médicos e Federação Nacional de Médicos explicaram que a greve dos clínicos se vai manter caso não sejam cumpridas as exigências dos médicos.

Em conferência de imprensa, o presidente da FNAM adiantou que até agora não houve «capacidade de diálogo» com a equipa ministerial liderada por Paulo Macedo.

«Para nós, isto é um problema que ultrapassa o Ministério. Pode haver uma intervenção do responsável máximo [primeiro-ministro], mas entendemos que sempre baseada em propostas concretas às nossas pretensões», explicou Sérgio Esperança.

Após esta conferência de imprensa, em declarações à TSF, este dirigente da FNAM explicou que as negociações feitas nos últimos cinco ou seis meses foram «infrutíferas».

Sérgio Esperança disse ainda que a «perspetiva de diálogo surgida nos últimos dias não foi satisfatória e não teve propostas concretas conforme solicitámos ao senhor ministro».

«Tudo aponta para que a greve se mantenha nos dias 11 e 12», adiantou Sérgio Esperança, que entende que «existem condições para negociar com o Ministério da Saúde».

Sérgio Esperança lembrou que Paulo Macedo entrou neste processo há pouco tempo com «medidas e algumas tentativas de conciliação claramente insuficientes».

Após estas duas estruturas sindicais terem faltado ao encontro com o ministro da Saúde no domingo, estes sindicatos apelaram aos utentes para que não recorram aos serviços de saúde na quarta e quinta-feira, dias em que os médicos farão greve.

O presidente do SIM, que lembrou que esta é uma «greve pelos doentes», fez este pedido para que as doenças dos utentes do SNS «não sejam aproveitadas contra os médicos».

«Ao defendermos as carreiras médicas, estamos a obrigar a que os senhores doutores sejam avaliados, tenham progressão através de concursos públicos e tenham responsabilidade», explicou Roque da Cunha.

Este responsável do SIM adiantou ainda que não pretende «uma medicina que seja feita através de empresas de prestação de serviços».

Redação