O secretário-geral da UGT entende que o Executivo «antes do diálogo com a troika» deve promover «diálogo social e político a nível nacional». Após as palavras de Vítor Gaspar, o líder da CGTP advinha que tudo ficará na mesma.
O líder da UGT defendeu, esta terça-feira, que o Governo deve ouvir os parceiros sociais antes de falar com a troika, isto depois de o ministro das Finanças ter admitido alterações ao programa de ajustamento para Portugal.
João Proença lembrou que o «Governo tem tido uma reduzido participação nas decisões europeias colando-se às posições da Alemanha» recordou que «tem tido discursos contraditórios» no que se refere à recalendarização da dívida.
«É fundamental encetar diálogo com a troika, mas antes do diálogo com a troika diálogo social e político a nível nacional», insistiu João Proença, que diz que é «preciso criar uma frente única em termos políticos e sociais» à volta desta questão.
Já o líder da CGTP considerou que houve uma tentativa de «procurar passar a ideia para a opinião pública de que os senhores do FMI, da UE e do BCE nos vão fazer um favor e ter em consideração o facto de o país estar numa situação difícil».
Contudo, Arménio Carlos advinha que nada vai ser dado a Portugal e o que vai acontecer «é que nos vão dizer talvez se vocês continuarem assim talvez vos possamos dar mais um anito para cumprirem a redução do défice».
«Mas perguntamos: para que é que isso serve e para que é que resulta. E em relação às privatizações, permitimos que elas continuem?», questionou.