Os sindicatos dos médicos não avançam números, mas fazem um balanço positivo da greve e realçam que os utentes acolheram o pedido de não dar ao Governo o argumento do transtorno causado.
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) faz um balanço claramente positivo da adesão à greve.
No cenário do Santa Maria, o maior hospital de Lisboa, Roque da Cunha, o presidente do SIM, não avançava números, mas congratulava-se com os sinais e com a atitude dos utentes.
«Parece evidente que a população ouviu o nosso apelo e não está a acorrer como devia nestes dias», defendeu.
Roque da Cunha desmentia também as previsões do Ministério da Saúde que estimou que a greve de dois dias resultará no cancelamento de quatrocentas mil consultas e quatro mil cirurgias.
«O Ministério da Saúde com essa estratégia quer pôr os doentes contra os médicos, porque a ser verdade, a adesão tinha que ser superior a 110 por cento», adianta.
No sentido de obter uma avaliação da adesão e dos efeitos da greve dos médicos, a TSF contactou o Ministério da Saúde. O gabinete de Paulo Macedo diz que não faz nem fará qualquer estimativa.