Política

Presidente do TC fez declarações «políticas», diz Passos

Passos Coelho Direitos Reservados

Após Rui Moura Ramos ter dito que Passos Coelho reagiu «a quente» ao acórdão sobre os subsídios, o chefe do Governo lembrou que o presidente do TC sempre teve uma atitude diferente.

O primeiro-ministro entende que as declarações do presidente do Tribunal Constitucional que considerou Passos Coelho tinha reagido «muito a quente» ao acórdão sobre o corte dos subsídios de Natal e férias são «políticas».

Em Paços de Ferreira, Pedro Passos Coelho lembrou que Rui Moura Ramos, que até tem tido «cuidado para não produzir declarações políticas», está «praticamente de saída do Tribunal Constitucional».

«Está a aguardar a eleição do seu sucessor e creio que podemos entender estas declarações como alguém que está de saída e não como de alguém que todo o tempo teve um lugar em que não confundiu o que é a presidência do Tribunal Constitucional e o que é o espaço da discussão política», acrescentou.

O chefe do Governo insistiu ainda será mantida a «noção de equidade», ou seja, a «noção de que os sacrifícios têm de ser repartidos por todos sejam pessoas, individuais, singulares ou coletivas e empresas».

Passos Coelho disse ainda que esta equidade envolve tanto «rendimentos com origem no capital, área financeira, no trabalho ou no património», daí que lembrado que falou na necessidade de se procurar uma «solução equilibrada».

«É isso que o Governo vai fazer, mas não se vai precipitar em dizer qual vai ser a medida», concluiu ,após uma visita a várias empresas na capital do móvel.

Em declarações à Antena 1, Rui Moura Ramos considerou que a reação do chefe do Governo ao acórdão do Tribunal Constitucional foi «muito a quente» e surgiu pouco depois da divulgação do acórdão.

«Manifestamente não teria tido tempo para ponderar todo o sentido do acórdão», acrescentou Rui Moura Ramos, que disse que é «necessário tempo» para analisar este documento.