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FMI prevê novo agravamento da situação económica mundial

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Num relatório divulgado esta tarde que atualiza as previsões mundiais feitas em abril, o FMI estima que os resultados da atividade economia global serão piores no segundo semestre.

A revisão em baixa das previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia mundial é justificada pelos sinais renovados de fraqueza vindos em especial da Zona Euro e dos EUA.

Por isso, o FMI espera cortou 0,1 por cento nas previsões de crescimento para este ano e menos 0,2 por cento no próximo e indica ainda a incerteza político-económica crescente na Grécia e os problemas do sector bancário em Espanha, questionando por quanto tempo mais os parceiros europeus estarão dispostos a ajudar estes dois estados membros.

Para Espanha, o FMI não prevê melhorias até Outubro de 2013, pela turbulência que se intensificou e resultou no pedido de ajuda de 65 mil milhões de euros, mesmo assim espera uma recessão na economia espanhola de 1,5 por cento contra a anterior estimativa de menos 1,8 por cento.

Para França está mais pessimista que o governo de Paris e indica um crescimento do PIB francês de 0,3 por cento este ano e de 0,8 por cento no próximo, contra as estimativas feitas há três meses.

O FMI mostra-se ainda preocupado com o impacto mundial que pode ter a falta de um acordo orçamental nos EUA. Fala num autentico muro fiscal, pelo corte dos impostos e da despesa pública norte-americana que se impõe até final do próximo ano, numa altura em que não há entendimento político, reduzindo por isso as previsões de crescimento para dois por cento este ano e de 2,3 por cento em 2013 na economia americana.

A completar o quadro negro das previsões, o FMI considera que o potencial de crescimento podia ser maior do que o verificado, nos países emergentes, como a China, Índia e Brasil.

Olhando em particular para a Zona Euro, o FMI aconselha como prioridade das prioridades a resolução dos problemas da moeda única.

A instituição liderada por Christine Lagarde frisa que as medidas acordadas na última cimeira europeia, que apontam no sentido de uma união bancária e de maior integração da união monetária, «vão no sentido correto» mas são necessárias «ações adicionais».

Apesar de insistir na necessidade da consolidação na maioria das economias europeias, o FMI foca-se no crescimento, recordando que «o estímulo da procura» e a «gestão da crise» são condições «essenciais» para minimizar o impacto das medidas de austeridade na região.

Nesse sentido, o FMI frisa que as reformas estruturais devem continuar em toda a Zona sublinhando também que o Banco Central Europeu (BCE) pode ser chamado a tomar mais medidas.

Redação