O PS e CDS da Madeira rejeitam novas medidas de austeridade e dizem que não é desta forma que vão ser resolvidos os riscos de incumprimento do plano de reequilíbrio financeiro da região.
O PS e o CDS madeirenses dizem que não há folga para mais medidas de austeridade. É um horizonte que rejeitam depois de conhecida a nota de preocupação do Ministério das Finanças com a evolução da situação na região autónoma.
A equipa de Vítor Gaspar considera que existem riscos significativos de incumprimento do plano de reequilíbrio financeiro para a Madeira e que poderá ser necessário proceder a acertos.
Perante o diagnóstico do Ministério das Finanças, o CDS-PP no arquipélago deixa o alerta de que não haverá margem para correções pelo lado da receita.
José Manuel Rodrigues, o líder do PP madeirense, acrescenta que fica provada a justeza de avisos que foram feitos.
«Este problema só poderá ser superado se houver crescimento económico, o que está a acontecer é recessão económica e mais desemprego. Portanto, o plano tem tendência a falhar. É por isso que o CDS-Madeira entende que este plano de ajustamento financeiro negociado pelo Governo no geral deve ser revisto o mais rápido possível», explica.
Também o PS madeirense rejeita um cenário de maior austeridade. O dirigente Vítor Freitas diz que o caminho terá de ser outro.
«O PS discorda de qualquer nova medida sobre os madeirenses que já estão sobrecarregados de impostos e já atingiram um ponto de saturação fiscal e qualquer medida neste campo não terá qualquer retorno», salienta.
Também a CDU está contra novos sacrificios. Edgar Silva alerta que o cenário que já é grave poderá ser de «catástrofe social» quando algumas das medidas que já estão previstas se concretizarem.