Depois da Moody's ter baixado as perspetivas do país de «estáveis» para «negativas», o ministério das Finanças alemão respondeu que a «Alemanha vai continuar a exercer o seu papel de âncora da estabilidade na zona euro».
«A Alemanha vai fazer tudo com os seus parceiros para ultrapassar o mais rapidamente possível a crise de dívida europeia», disse o ministério, em comunicado, em que refere ter conhecimento da «opinião da Moody's», sublinhando que «os riscos da zona euro mencionados pela agência de notação não são novos».
«Esta estimativa destaca sobretudo os riscos de curto prazo, uma vez que as perspetivas de estabilização de longo prazo permanecem por mencionar», lê-se ainda no comunicado.
A tutela alemã diz que «a zona euro desencadeou uma série de medidas que devem conduzir a uma estabilização duradoura da zona» e que «a Alemanha se encontra numa situação económica e financeira sólida», recordando que Berlim pretende atingir o equilíbrio orçamental a partir de 2014.
O governo alemão refere também que «a capitalização do setor bancário foi sensivelmente melhorada» e que «as perspetivas de crescimento da Alemanha são sólidas».
«Nos mercados financeiros internacionais, a confiança na Alemanha é forte, o que se reflete nas baixas taxas de refinanciamento das obrigações alemãs», adianta-se na nota do ministério.
A Moody's baixou hoje as perspetivas para a a dívida pública da Alemanhã, Holanda e Luxemburgo, de «estáveis» para «negativas», devido à «incerteza crescente» na Europa.
Em comunicado, a agência argumenta a decisão com «a probabilidade cada vez mais forte de uma saída da Grécia da zona euro» e com o impacto que tal acontecimento teria nos Estados-Membros.