O primeiro-ministro disse hoje, em Cantanhede, que o Governo não está a «acelerar» o processo de ajustamento financeiro de forma artificial», nem a exigir «de mais» ao país.
«Sabemos que temos de passar por este processo, não estamos a acelerá-lo de uma forma artificial, não estamos a exigir de mais, mas o tempo é muito exigente», disse o primeiro-ministro na sessão solene do Dia do Município de Cantanhede.
Passos Coelho lembrou que o Governo, quando tomou posse há um ano disse que ia «romper com o passado» e não ia voltar pelo caminho que conduziu o país à situação de ter de pedir ajuda externa.
«Eu estou a cumprir essa expetativa que o país formulou e esse voto que o país decidiu. Que está a ser difícil, está. Vamos vencer, vamos passar estas dificuldades», acrescentou.
O primeiro-ministro, que falava no salão nobre da Câmara Municipal de Cantanhede, citou o escritor José Régio, afirmando «por aí não podemos ir» e reforçou: «esse não pode voltar a ser o nosso caminho».
O chefe do Governo criticou «aqueles que, na opinião pública, no mesmo passo criticam e responsabilizam o Governo por excesso de austeridade e de políticas voluntaristas», alegando que «são os mesmos que dizem que, se calhar, não vamos conseguir e não está a dar resultado».
Para Passos Coelho, «não se pode dizer que estamos a tomar demasiado remédio para a febre e, ao mesmo tempo que a febre sobe de mais do que é suposto» estando a tomar remédio.