Contas da revista Exame, hoje divulgadas, revelam que as 25 maiores fortunas do país encolheram 17,5% face a 2011 e uma mudança no topo da tabela dos mais ricos.
Alexandre Soares dos Santos viu a fortuna crescer 8 por cento para os 2,1 mil milhões de euros e subiu ao 1º lugar, roubando a liderança ao empresário da cortiça Américo Amorim.
O líder do grupo Jerónimo Martins tem vindo a subir no ranking desde o quarto lugar alcançado em 2010 e atinge o topo no ano em que o sector do retalho ficou marcado pelos 50 por cento de desconto do Pingo Doce no 1º de maio e no ano em que o grupo deslocalizou a sede para a Holanda.
Outra curiosidade, quando o ranking da Exame foi criado em 2004, Soares dos Santos tinha uma fortuna avaliada em 330 milhões, ou seja, sextuplicou esse valor oito anos depois.
Américo Amorim, que tem como grandes ativos as participações na Corticeira e na GALP, viu a fortuna recuar 24,4 por cento, sendo agora de 1,9 mil milhões de euros. Foi eleito durante quatro anos consecutivos como o mais rico mas perde agora a liderança e ocupa o 2º lugar.
Já a família mais rica é a Guimarães de Mello subiu de 4º para 3º no ranking, mesmo registando uma queda de 30,4 por cento na fortuna, tem cerca de 700 milhões de euros em ano marcado pela OPA sobre a Brisa.
Belmiro de Azevedo, líder da Sonae ocupa a 4ª posição e a mulher mais rica do país é agora Maria Isabel dos Santos, uma das principais acionistas da Jerónimo Martins, com 542,3 milhões de euros, aparece em 9º lugar do "top 10" das 25 maiores fortunas, que todas somadas equivalem a 8,4 por cento do PIB português de 2011, o que a preços de mercado significa ainda que no total traduzem uma queda de 10 por cento face ao ano anterior.