A Confederação do Comércio Português e a CIP são unânimes em considerar que novas alterações na lei laboral não são prioritárias para o país, numa reação às recomendações da OCDE para a economia portuguesa.
As recomendações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico constam de um relatório que prevê o prolongar da recessão para 2013 e uma taxa de desemprego acima dos 16 por cento também no próximo ano.
Nesse relatório, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico admite que já existiram reformas no mercado laboral português, que foram no sentido correto, mas não são suficientes.
Tal como os centrais sindicais, também as organizações patronais consideram que esse não é esse o caminho para devolver competitividade à economia portuguesa.
Ouvido pela TSF, João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio, vai mais longe e defende que prioritário é «claramente o financiamento da economia» e a criação de condições que ajudem as pequenas e médias empresas.
Esta é uma opinião partilhada por António Saraiva, da CIP, que afirma que a competitividade da economia portuguesa não depende de mais mexidas na legislação laboral.
«Há uma questão de atraso de pagamentos, há uma questão de financiamento há uma questão fiscal, há toda uma justiça económica que não funciona, há todo um conjunto de variáveis que tem de interagir para que a competitividade da economia ia portuguesa seja melhorada», conclui.