Jogos Olímpicos 2012

Missão olímpica desconhecia gravidez de velejadora Carolina Borges

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A chefia da missão olímpica portuguesa esclarece, em comunicado, que desconhecia a gravidez da atleta e diz ser «falso» que Carolina Borges não tenha recebido apoios.

No documento, a chefia da missão portuguesa em Londres revela que desconhecia a gravidez de três meses alegada por Carolina Borges-Mendelblatt para não participar ontem na prova de prancha à vela.

«Foi uma total surpresa», lê-se no comunicado, já que nunca a atleta tinha referenciado tal condição aos responsáveis portugueses.

A velejadora sublinhou também que não tinha recebido o dinheiro da bolsa a que tinha direito. A missão portuguesa rebate esse argumento, que diz ser «falso», explicando que houve um atraso nos pagamentos devido a um erro da responsabilidade da própria Carolina Borges, que forneceu dados bancários incorretos, que não permitiram a transferência a 21 de Junho.

Resolvidos esses problemas burocráticos, foram pagas as bolsas em atraso, até 27 de Julho, não havendo quaisquer valores em falta.

A ausência de um treinador, outra das queixas da velejadora, é também uma ideia «falsa», já que o enquadramento técnico é feito pela Federação que atribui um treinador por classe e não por atleta.

A missão portuguesa recusa ainda ter excluído Carolina Borges-Mendelblatt, assinalando que foi a própria velejadora a auto-excluir-se da prova em que deveria ter participado.

O cancelamento da acreditação surge na sequência dessa decisão da atleta luso-brasileira, apesar das reiteradas tentativas de contacto, por parte do chefe de missão. Carolina Mendelblatt atendeu hoje o telefone, diz o comunicado, mas quando percebeu que Mário Santos estava do outro lado, desligou.

A missão portuguesa conclui, em face das declarações da atleta, que houve «omissão deliberada da situação clínica», ao contrário daquilo a que o contrato obriga.

Ao mesmo tempo, este comunicado é a última posição dos responsáveis nacionais em Londres, que não querem transformar a participação olímpica numa «novela paralela».