O despacho que exclui sete administradores executivos da Caixa Geral de Depósitos (CGD) das limitações remuneratórias aplicáveis ao setor público foi hoje publicado em Diário da República, permitindo-lhes ganhar mais do que o primeiro-ministro.
Nos termos do despacho assinado a 12 de julho pela secretária de Estado do Tesouro e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, foi permitido manter a remuneração média dos últimos três anos do lugar de origem ao presidente do conselho de administração da Caixa, Faria de Oliveira, e ao presidente da comissão executiva, José de Matos.
Idêntico pedido foi formulado (pelos próprios) e atendido no caso dos vogais executivos António Nogueira Leite, Norberto Rosa, Rodolfo Lavrador, João Nuno Palma e Cabral dos Santos.
Com efeitos desde 1 de abril passado, o despacho justifica o regime de exceção atribuído aos administradores da CGD com o facto de esta ter «por objeto atividades submetidas à concorrência no mercado e não desenvolver o essencial da sua atividade em benefício de entidades públicas».