Diana Carvalho, Joana Escoval, Tiago Casanova e a dupla Mariana Caló & Francisco Queimadela são os vencedores da 8ª edição do Prémio BES Revelação, anunciou hoje a organização.
Em comunicado, a organização afirma que os projetos apresentados a concurso foram selecionados «por unanimidade».
Cada vencedor receberá uma bolsa de produção no valor de 7.500 euros para concretizar o projeto que deve ser apresentado em novembro, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, numa exposição comissariada por Carolina Rito.
O júri foi composto pelos curadores Alessandro Rabottini, do GAMeC (Bérgamo, na Itália), Elena Filipovic, do Wiels (Bruxelas), Filipa Loureiro, do Museu de Serralves e Carolina Rito, curadora independente, além de Lorenzo Benedetti, diretor do Kabinetten van De Vleeshal (Holanda).
Quanto aos distinguidos, Diana Carvalho, 26 anos, apresentou «um projeto a materializar em fotografia analógica ampliada a partir de processos digitais (jato de tinta sobre papel ou projeção slide)», explica o comunicado.
Joana Escoval, 30 anos, «pretende desenvolver um projeto que parte da observação de um aquário de Lisboa, o hoje considerado obsoleto Vasco da Gama (uma espécie de versão 'museificada' de aquários e espaços científicos), mais especificamente de dois cavalos-marinhos aí residentes».
Tiago Casanova, 24 anos, apresentou «um projeto, traduzido em fotografia analógica e em filme, que 'pretende questionar o significado de Memória através do cariz documental da fotografia, explorando conceitos como perdidos e achados, recuperação, restauração, conservação e destruição de arquivos pessoais e de memórias'».
O projeto, explica o mesmo comunicado, «divide-se em três momentos expositivos: a projeção e destruição ao vivo de um conjunto de oito películas compradas pelo artista num mercado de artigos em segunda mão; a exposição dos arquivos danificados do próprio artista e que correspondem a fotografia de película em que a entrada de luz ou a sobrexposição ditaram a sua não impressão e correspondente relação com uma 'memória perdida'; [e] a apresentação, sob a forma de álbum, das fotografias captadas pelo artista nas suas próximas férias de verão».
A dupla formada por Mariana Calo, 26 anos, e Francisco Queimadela, 27 anos, apresentou o projeto de uma instalação vídeo intitulada "Observatório do Desconhecido".