O Governo rescindiu um contrato de mais de mil milhões de euros destinados à construção de fábricas de painéis fotovoltaicos em Abrantes, que deveria criar quase 2000 empregos.
O investimento era superior a mil milhões de euros, quase 130 milhões seriam garantidos com apoios do Estado. Além de fábricas de painéis fotovoltaicos e térmicos estava também prevista a criação de um centro de investigação e desenvolvimento.
O contrato entre o Governo e a empresa RPP Solar foi assinado um junho de 2010 e foi considerado um projeto de interesse nacional pelo executivo de José Sócrates.
Nos planos iniciais, a fábrica iria começar a funcionar ainda nesse ano, mas até agora pouco se avançou na obra.
O empresário Alexandre Alves, dono da RPP Solar, dizia já o ano passado que a culpa é da crise. O projecto tinha sido apanhado no turbilhão do mau momento que vive o país e teria necessidade de encontrar financiamentos no estrangeiro.
Perante os atrasos no projeto, o atual Governo decidiu rescindir o acordo e não chegou a desembolsar qualquer tostão, já que a obra não estava a andar ao ritmo previsto.
A Agência para o Investimento e Comércio Externo (AICEP) garantiu à TSF que como os apoios estatais não chegaram a ser dados, a empresa também não terá agora de devolver nada.