Esta história, que começou por um abandono dos Jogos Olímpicos de Londres2012, conjuga uma atleta de remo alemã, amor e ligações à extrema-direita.
O ministro alemão do Desporto exige um esclarecimento total do caso. Em declarações ao jornal Bild, o governante diz que «no desporto não há lugar para ideias extremistas, sendo os atletas um exemplo disso mesmo».
Tudo por causa de Nadia Drygalla, a remadora de 23 anos que abandonou a aldeia olímpica há poucos dias, depois de se saber que o namorado da atleta tem ligações à extrema-direita.
Drygalla até já tinha competido na prova de oito em remo, mas decidiu regressar a casa após uma reunião de hora e meia com o comité olímpico da Alemanha.
Na única entrevista que deu até agora, a remadora garante que abandona os Jogos Olímpicos apenas para não comprometer a concentração das colegas que se mantêm em prova.
Apesar de garantir também que as ligações do namorado à extrema-direita terminaram em maio deste ano e que a questão até dificultava o relacionamento de ambos, Nadia sublinha que ainda que se encontra «comprometida com os valores da carta olímpica».
Os responsáveis da missão alemã nos jogos de Londres não confirmam a razão do abandono de Nadia Drygalla, mas a cadeia de televisão ARD diz que a antiga polícia de 23 anos é suspeita de simpatizar com a ideologia de extrema-direita.
Os media têm adiantado que o namorado da atleta é um dos líderes do Partido Nacional Socialista em Rostock, um partido considerado racista, anti-semita e inspirado no Nazismo de Hitler.
O porta-voz do Comité Olímpico Internacional já assegurou que não existe qualquer problema com a remadora. O que é certo é que na Alemanha as autoridades querem saber por que razão o comité olímpico do país desconhecia as ligações da atleta, até porque o relacionamento de Nadia já a tinha obrigado no ano passado a abandonar a polícia.