O fiscalista Gonçalo Falcão defende que o controlo relativo ao Multibanco «é uma forma adicional que o Fisco tem para poder cruzar os recebimentos face às vendas».
O fiscalista Gonçalo Falcão considerou que o controlo dos recebimentos pelo Multibanco não será muito relevante no comércio a retalho, uma vez que aí a fuga ao fisco está mais complicada.
Após o Ministério das Finanças ter indicado que a Autoridade Tributária vai estar mais atenta a empresas que deixem de ter pagamentos com cartões, este fiscalista lembrou que este controlo relativo ao Multibanco «é uma forma adicional que o Fisco tem para poder cruzar os recebimentos face às vendas».
«Mas mais que isso, o importante é que os programas informáticos que são usados pela generalidade dos retalhistas são certificados para que possam emitir diariamente folhas de controlo», recordou.
Para Gonçalo Falcão, este folha de controlo é mais importante que os pagamentos ou não pelo Multibanco, até porque nem todas as transações das superfícies comerciais são através do Multibanco.
«Portanto, o Multibanco por si só não chega para que o Fisco tenha uma noção exata do que os estabelecimentos comerciais vendem ou não», concluiu.