Vários estabelecimentos comerciais de emigrantes portugueses radicados na Venezuela foram afetados pela explosão que ocorreu na Refinaria de Amuay, no Estado de Falcón, e que provocou pelo menos sete mortos e 48 feridos.
«Há vários negócios de portugueses que estão situados em frente do Complexo Refinador que foram afetados pela explosão e outros pela onda expansiva, estes últimos já a alguma distância», avançaram à Agência Lusa fontes não oficiais contatadas telefonicamente.
Segundo testemunhas contactadas pela Lusa, entre os estabelecimentos comerciais afetados estão uma padaria, um restaurante e uma loja de venda de bebidas alcoólicas.
As mesmas fontes explicaram que acordaram com o ruído provocado pela explosão e um grande clarão que iluminou o céu do Estado de Falcón.
Dão conta ainda que as autoridades estão a tentar controlar o trânsito e os acessos a Judibana, zona onde está situada a Refinaria Amuay, a maior do país, que apesar do risco muitas pessoas tentavam tirar fotografias do incêndio e que alguns cidadãos optaram por abandonar as suas casas para se refugiar em sítios mais distantes.
O presidente da câmara municipal local, Alcides Goitía, apelou aos cidadãos para manterem a calma e «evitar a presença nas proximidades da refinaria».
Segundo o ministro venezuelano de Energia e Petróleo, Rafael Ramírez, a explosão ocorreu pelas 01:11 horas locais de hoje (06:44 em Lisboa), depois de uma fuga de gás propano cuja origem está por determinar.
A explosão «gerou uma nuvem, que depois explodiu e provocou incêndios em pelo menos dois tanques da refinaria e nas áreas circundantes».