Uma cidadã natural da Madeira terá ficado ferida na sequência da explosão que ocorreu na Refinaria de Amuay no Estado venezuelano de Falcón (450 quilómetros a oeste de Caracas) que fez os portugueses viver uma noite de «susto».
«Há uma madeirense, salvo erro da Camacha (Madeira) que ficou ferida. Esta foi uma noite de susto. As pessoas saíram para a rua, para a estrada. Estiveram a ponto de deixar a zona por temer que novas explosões ocorressem», explicou à Agência Lusa um empresário radicado nas proximidades.
Segundo José Matos, presidente do Centro Português de Punto Fijo, há vários negócios de portugueses afetados pela explosão, alguns dos quais foram depois pilhados.
Carlos Pereira de Sousa, que reside a escassos 8 minutos da refinaria, diz ter sido surpreendido pela explosão que inicialmente chegou a pensar que «era um terremoto seguido por um trovão ou até um avião que teria caído».
«Houve uma explosão grande e depois outras mais pequenas, os vidros dos estabelecimentos partiram-se e muitos negócios queimaram-se», disse, explicando que estão destruídos pelo menos dois restaurantes, duas padarias, uma loja de venda de bebidas alcoólicas e uma loja de produtos em vime, propriedade de portugueses.
Por outro lado, explicou que o trânsito está restringido e que será necessário reparar «o chão da estrada que abriu e impediu muitas pessoas de sair ou entrar» na zona.
A explosão na refinaria ocasionou, segundo a governadora do Estado de Falcón, Stella Lugo, a morte de pelo menos 19 pessoas e 53 feridos, entre eles um rapaz de 10 anos.