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China: Jornalistas alemães alertam Merkel para a deterioração das condições de trabalho

Jornalistas alemães que trabalham na China apelaram à chanceler Angela Merkel para debater com o governo chinês a «deterioração» das suas condições de trabalho, afirmando que as «intimidações e restrições» aos repórteres estrangeiros têm aumentado.

«Cara Chanceler Merkel, para uma boa e justa cobertura da China, pensamos que é necessário abordar estas questões ao mais alto nível», defendem os jornalistas numa carta difundida quatro dias antes de Merkel chegar a Pequim para uma nova ronda de consultas inter-governamentais sino-alemãs.

A reunião, marcada para quinta-feira e sexta-feira, é co-presidida pela chanceler alemã e o homólogo chinês, Wen Jiabao.

«Pedimos apenas as mesmas condições de trabalho dos jornalistas chineses na Alemanha», acrescenta a carta, assinada por 26 jornalistas alemães residentes em Pequim, alguns dos quais há mais de uma década.

Já em 2011, por ocasião da 1ª ronda do diálogo inter-governamental entre os dois países, correspondentes da imprensa alemã na China escreveram uma carta idêntica a Angela Merkel.

«Agradecemos o seu apoio durante as últimas consultas governamentais sino-alemãs», mas «infelizmente, as condições de trabalho para os jornalistas estrangeiros na China não melhoraram desde então», refere a nova carta.

Os jornalistas salientam nomeadamente que as autoridades policiais chinesas têm «ameaçado não renovar os seus vistos se eles relatarem questões 'sensíveis'».

Redação