O líder da bancada parlamentar do PS rejeita a receita de «mais desemprego para resolver a crise» de Vítor Gaspar e defende «mais financiamento para as empresas e inteligência fiscal».
O líder parlamentar do PS lembrou ao ministro das Finanças que o «corte custe o que custar» na despesa «não resolveu nada» e questionou, por isso, porque se há de ter a «obsessão do corte».
Reagindo à notícia do semanário Sol, que indica que o ministro das Finanças terá um plano para cortar na despesa nas áreas da Saúde, Educação e Segurança Social, Carlos Zorrinho rejeitou este caminho.
Colocando de lado aquele que julga ser o caminho proposto por Vítor Gaspar de haver «mais desemprego para resolver a crise», o deputado socialista contrapôs a ideia de «mais economia, mais financiamento para as empresas e mais inteligência fiscal».
«Uma política que acredita em Portugal, nos portugueses e no crescimento económico», acrescentou Carlos Zorrinho, à margem da Universidade de verão do PS, que está a decorrer em Évora.
Também presente nesta universidade, a eurodeputada socialista Elisa Ferreira considerou que «dificilmente temos agora condições para cortar» e frisou que é tempo agora de «olhar com mais cuidado para a agenda europeia».
Para Elisa Ferreira, é necessário dizer que Portugal quer ser «parte ativa e integrante na reformulação do funcionamento da moeda única».
«Temos de dizer que fizemos o trabalho de casa tal qual nos foi recomendado. Chegamos aqui e vemos que a economia não relança e que a perda de receitas fiscais acaba por inviabilizar a correção dos problemas orçamentais que queríamos resolver», explicou.
Elisa Ferreira defendeu ainda que é preciso que haja uma conversa entre os países europeus como «parceiros», onde preciso dizer que é impossível fazer funcionar a dinâmica da economia enquanto se verificar um «desemprego galopante».