Morreu o cardeal italiano Carlo Maria Martíni, um progressista que insistiu em repensar muitas questões da igreja católica e chegou a ser apontado como um possível papa. Tinha 85 anos.
Martini, ele próprio antigo arcebispo de Milão, que defendia reformas em questões como a contraceção e o papel da mulher na igreja, sofria de Parkinson há dez anos, tendo o seu estado de saúde registado uma deterioração na última semana.
O prelado, que foi arcebispo de Milão de 1980 a 2002, era particularmente querido pelos católicos progressistas, sobretudo pelo seu sonho de realizar um terceiro Concílio Vaticano com o objetivo de modernizar aspetos chave nos dogmas da igreja.
Martini morreu, sexta-feira, num lar de jesuítas perto de Milão, onde viveu nos últimos anos.