Política

Seguro: PS não vai dar aval a orçamento que imponha mais sacrifícios

António José Seguro Global Imagens

O líder do PS deixou claro, no discurso de encerramento da Universidade de Verão, que não vai dar aval sob pressão a um orçamento que imponha mais sacrifícios aos portugueses.

«Não ignoro a situação difícil do país, tal como não ignoro os dados da derrapagem orçamental, do aumento do desemprego e da queda da economia», disse, ao discursar na sessão de encerramento da Universidade de Verão do PS, em Évora.

O líder socialista sublinhou que, desde «há duas semanas», se ficou a saber «que o Governo falhou a meta do défice para este ano».

«Tal como já tinha falhado as suas metas para o desemprego e para a economia», sublinhou.

Ao nível do desemprego, exemplificou Seguro, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho disse que, este ano, a taxa «ficaria em 13,4 por cento».

«Infelizmente, o desemprego atingiu um número recorde e vai ficar acima dos 15,5 por cento. O Governo falhou», disse.

António José Seguro exemplificou ainda que o primeiro-ministro «disse que a economia cairia menos 2,8 por cento», mas, «infelizmente, a economia vai cair três ou mais por cento», pelo que, «o Governo falhou».

«Para este ano, o primeiro-ministro garantiu que o défice ficaria em 4,5 por cento. Infelizmente, o défice vai ser superior a cinco por cento, tendo atingido no primeiro semestre 6,9 por cento, segundo a UTAO. O Governo falhou».

O executivo de coligação PSD/CDS, apesar da maioria, «não acertou uma» e, por isso, «falhou em toda a linha».

Na sua intervenção, o líder socialista disse também que o partido não está amarrado a consensos com o Governo, nomeadamente em materia de privatizações.