Educação

Nuno Crato acredita que professores se manterão serenos

Nuno Crato, ministro da Educação dr

O ministro revela, ao Sol, que o sector percebe a necessidade das medidas que têm sido tomadas, por isso não acredita que os professores saiam à rua como no tempo de Maria de Lurdes Rodrigues.

O ministro Nuno Crato acredita que não será alvo de uma contestação semelhante à que teve de enfrentar a antiga ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, no auge do braço-de-ferro entre professores e o Governo de José Sócrates.

Em entrevista ao semanário Sol, Nuno Crato diz que as reformas que estão a ser promovidas no sector da Educação tem sido compreendidas pela generalidade de quem nele trabalha e que isso terá um efeito amortecedor.

«Penso que essa contestação não vai acontecer por uma razão: eu percebo que haja grandes problemas, neste momento, em alguns sectores, percebo a situação humana em que muitos professores contratados estão, mas também julgo que existe um entendimento de que nós estamos a trabalhar para melhorar a Educação em Portugal», declarou.

O ministro refere também que a redução do número de professores é uma tendência que irá manter-se. Nuno Crato sublinha que o rácio entre o número de professores e alunos é «coisa de ricos» e que a quebra de natalidade obrigará forçosamente a um novo equilíbrio.

«A natalidade diminuiu, o número de estudantes tem tendência a diminuir, e nós temos um sistema que em muitos aspetos é pouco eficiente. É interessante, por exemplo, olhar para as comparações internacionais e ver o rácio professor/aluno de uma série de outros países», referiu.

«Nós estamos ao nível dos países ricos, nós estamos mais do que ricos em relação a muitos países. Nós temos mais professores por aluno por exemplo do que a Áustria», acrescentou Nuno Crato.