Portugal

CIP apaude alargamento das metas e reclama medidas de redução da despesa

A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) aplaude o alargamento por mais um ano das metas orçamentais e reclama medidas de combate ao desequilíbrio orçamental baseadas mais na contração da despesa do que no aumento da carga fiscal e parafiscal.

«O Governo deverá aproveitar esta flexibilização para conceber e implementar medidas de caráter estrutural com um impacto mais significativo na despesa pública, medidas essas que, na nossa opinião, continuam a tardar», defendeu hoje a confederação patronal.

Em comunicado, a CIP considerou «positivo o alargamento por mais um ano das metas orçamentais, tendo em conta a evolução da realidade económica interna e externa», reclamando que «o Governo retome a estratégia de combate ao desequilíbrio orçamental baseada mais na contração da despesa do que no aumento da carga fiscal e parafiscal».

«Se o Governo tornou agora mais claras as medidas de agravamento da carga fiscal e parafiscal que irá tomar, não procedeu ainda à definição rigorosa, quantificação e calendarização das medidas de redução da despesa», defendeu a associação liderada por António Saraiva.

Para a confederação patronal, «as novas medidas agora anunciadas significam que o Governo insiste numa estratégia de ajustamento das finanças públicas pelo lado da receita, resultando previsivelmente em menos investimento, numa reforçada contração da economia e numa menor competitividade fiscal».

Neste contexto, a CIP reiterou que «não será possível atingir os objetivos propostos pela via de um novo aumento da carga fiscal sobre a economia, que dificilmente terá repercussões na receita arrecadada».