Os professores, médicos e outros trabalhadores da área da saúde vão ser abrangidos pelo alargamento da mobilidade especial, avançam o Diário Económico e o Jornal de Negócios.
Os médicos e outros profissionais de saúde podem ter que fazer urgências em vários hospitais num raio de 60 quilómetros ou, em alternativa, ser deslocados para qualquer ponto do país durante um ano desde que os serviços paguem ajudas de custo.
A medida consta das Grandes Opções do Plano para 2013. No documento, a que o Diário Económico e o Jornal de Negócios tiveram acesso, pode ler-se que no conjunto de alterações aos regimes de emprego público salienta-se o «reforço das políticas de mobilidade geográfica intra e entre serviços e organismos da Administração Pública».
As Grandes Opções do Plano sublinham que «os instrumentos de recursos humanos (mobilidade geográfica, mobilidade especial e as regras de compensação de horas extra) devem ser aplicados a todos os trabalhadores de entidades empregadoras públicas, incluindo estabelecimentos de ensino e entidades do Serviço Nacional Saúde.
Na educação a questão é mais pertinente em relação ao pessoal não docente já que o ministro da educação tem dito que os professores não serão enviados para a mobilidade especial
No caso da saúde a medida deverá afetar os médicos. Até aqui, os clínicos faziam serviços de urgência nos hospitais onde estão vinculados pelo contrato de trabalho, mas devido à falta de médicos especialistas em algumas unidades hospitalares levou o Governo a avançar com a deslocalização dos médicos.
Na prática, esta mudança pode implicar uma de duas situações um profissional médico ser enviado para qualquer ponto do país durante um ano desde que asseguradas as ajudas de custo ou, em alternativa, um médico poder fazer serviço de urgência num hospital durante a manhã e noutra unidade da mesma região de saúde no dia seguinte.
Em declaraçoes ao Jornal de Negócios, o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino diz que o objectivo do Governo é uma simplificação e uma aplicação universal dos novos regimes de mobilidade especial e geográfica, mas afirma também que não há objectivos específicos sobre esta materia para 2013.