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Energia: Adesão à greve dos trabalhadores da Galp é superior a 90%

O primeiro dia de greve dos trabalhadores da Galp Energia, que começou às 00:00 de hoje e abrange as refinarias de Sines e Matosinhos, está a ter uma adesão superior a 90 por cento.

«No caso da refinaria de Sines, a paralisação [que vai durar três dias] teve início às 00:00 e a expressão da greve foi superior a 90 por cento. Há cortes de abastecimento aos navios, ao terminal de Aveiras, aos vagões-tanque, carros-tanque e fábricas paradas», afirmou o coordenador da federação intersindical Fiequimetal, Armando Farias.

No que diz respeito à refinaria de Matosinhos, a greve começou às 06:00 e a adesão é idêntica à de Sines.

Segundo o dirigente sindical Armando Farias, a paralisação tem como objetivo «a defesa dos direitos dos trabalhadores», numa altura em que «a empresa quer tirar direitos aos trabalhadores, sobretudo aos que estão na contratação coletiva, o que é inaceitável» e resulta da aplicação do novo Código do Trabalho.

A greve pretende também contestar «o aumento da comparticipação do regime do seguro de saúde, com um agravamento significativo das comparticipações a cargo dos trabalhadores», segundo o sindicato.

A greve, que começou às 0:00 de hoje na refinaria de Sines e às 06:00 na refinaria de Matosinhos, abrange todas as empresas do grupo liderado por Ferreira de Oliveira.

Esta paralisação pretende também retomar o protesto contra a atualização salarial de «apenas» um por cento, ocorrida no início do ano, quando, no primeiro semestre, a empresa teve um lucro de cerca de 200 milhões de euros.

«Os custos com os salários dos administradores atingiram os 3,7 milhões de euros, isto é, aumentaram mais de 30 por cento», criticou.