Depois do anúncio dos cortes nos apoios foram várias as fundações que se pronunciaram. A TSF recolheu algumas dessas reacções.
A Fundação da Casa da Música é uma das várias que perde 30 por cento do apoio estatal. Nuno Azevedo, o administrador-delegado, admite em declarações à Lusa que um eventual corte pode pôr em causa a viabilidade económica da Casa da Música.
Na Fundação Museu do Douro, extinta por decisão do Governo, foi marcada para a próxima quinta-feira uma reunião de urgência do conselho de administração para analisar e reagir à extinção.
À TSF, o presidente da Fundação Oriente garante que não recebe qualquer apoio financeiro público português, por isso vai pedir esclarecimentos ao Governo. Carlos Monjardino explica que entre 2008 e 2010 a Fundação Oriente recebeu verbas comunitárias do Plano Operacional de Cultura para lançar atividades no museu.
Quanto à Fundação Bienal de Arte de Cerveira - também com a extinção proposta pelo Governo à autarquia, o presidente da instituição, citado pelo Público está muito surpreendido, tanto mais que a bienal de 2013 já está a ser preparada.
O ex-presidente da Fundação do Carnaval de Ovar, que integra a lista de propostas de extinção em Diário da República, lamenta «a tragédia» que foi esse processo e desafia o Estado a restringir o Parlamento a 80 deputados. Ainda assim, Américo Sá Pinto garante à Lusa que «o município vai organizar e financiar o Carnaval de Ovar».
À Lusa, o presidente da Fundação "Os Nosso Livros", de Bragança, considerou «um erro de interpretação» por parte do Governo a inclusão desta instituição na lista de fundações com redução de apoios financeiros públicos, visto não receber dinheiro do Estado.
O presidente da Fundação Côa Parque (FCP), Fernando Real, disse à TSF que ficou «surpreendido» com a notificação para a proposta de extinção deste organismo, que gere o Museu do Côa e o Parque Arqueológico do Vale do Côa.
Em declarações à TSF, o presidente da INATEL, Vitor Ramalho, manifestou-se contra a redução de 30 por cento dos apoios financeiros públicos e disse que vai recorrer da decisão, nos próximos dez dias, por estar «em risco» a viabilidade financeira da Fundação.
A Fundação Bracara Augusta, em Braga, «vai continuar a existir» mesmo depois do corte de 30 por cento no financiamento por parte do Governo, garantiu à Lusa uma fonte da administração da entidade que organiza a Capital Europeia da Juventude Braga2012.