A antiga ministra e dirigente do CDS-PP, e também antiga administradora da Caixa Geral de Depósitos, reafirmou que não concorda com a privatização parcial ou geral do banco público.
Celeste Cardona defende que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) «é um instrumento fundamental de intervenção de política, sobretudo numa altura em que estamos tão diminuídos de soberania e tão despidos de grande parte dos nossos poderes soberanos (...) e deve manter-se na esfera pública».
A privatização parcial ou geral da CGD é uma hipótese que tem sido equacionada pelo Governo como uma forma possível de redução do défice.
Na passada sexta-feira, questionado pelo PS no Parlamento, o primeiro-ministro disse que ainda não havia uma decisão tomada mas a imprensa deste fim-de-semana referiu uma privatização de 40% da CGD.
Celeste Cardona entende que essa hipótese pode pôr em causa a estabilidade do sistema bancário. Declarações da dirigente do CDS-PP, à margem de um almoço, em Lisboa, sobre a crise económica e política, em que o principal orador foi o presidente da câmara do Porto, Rui Rio.
Celeste Cardona manifestou-se também contra o aumento de impostos e recuperou a expressão «fadiga fiscal» de Adriano Moreira para dizer que portugal já não aguenta mais impostos.
Apesar se não concordar com um novo agravamento da carga fiscal, Celeste Cardona sublinhou que o papel do CDS-PP deve ser de solidariedade para com Pedro Passos Coelho, uma vez que o partido está num Governo de coligação.