O bastonário da Ordem dos Advogados considera que as declarações de Paula Teixeira da Cruz sobre as buscas a casas de antigos governantes socialistas são «graves».
Marinho Pinto considera que «num Estado de Direito verdadeiro, ela [a ministra] teria que sair da justiça».
O bastonário da Ordem dos Advogados diz que são «graves» as recentes declarações da ministra da Justiça e que «ela [a ministra] violou de uma assentada o princípio da separação de poderes e o princípio da presunção de inocência. Isto para quem é ministra da Justiça e para quem é advogada profissional (...), de facto é demasiado grave para se continuar impunemente na pasta da Justiça».
A reação de Marinho Pinto surge um dia depois de Paula Teixeira da Cruz ter dito que espera que «o apuramento da responsabilidade vá até ao fim» na investigação que o Ministério Público (MP) está a fazer às Parcerias Público Privadas (PPP).
A ministra da Justiça sublinhou que «ninguém está acima da lei», que «tudo deve ser investigado» e que «acabou o tempo» em que havia «impunidade».
As afirmações da ministra aconteceram depois de a Polícia Judiciária (PJ) ter efetuado buscas nas casas dos ex- ministros das Obras Públicas, Mário Lino e António Mendonça, e do ex-secretário de Estado Paulo Campos.