O último a ser recebido, esta sexta-feira, na ronda negocial entre o Governo e os sindicatos da Função Pública, foi o dirigente do STE, Bettencourt Picanço, que sublinhou o que diz ser a intransigência do executivo.
No final da ronda negocial com o secretário de Estado da Administração Pública, o presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Bettencourt Picanço, falou no que diz ser a intransigência do executivo.
O STE reivindicava, entre outras coisas, a reposição dos salários que foram retirados nos últimos anos, mas o Governo não cede.
«Estas organizações sindicais apresentaram como primeira reivindicação o retomar as remunerações de 2010. O Governo recusa, volta a penalizar os trabalhadores da Administração Pública com, em média, menos 5 por cento da remuneração para já nesta primeira proposta e prometeu enviar uma segunda proposta com todas as outras matérias, que certamente incidirão sobre os mesmos», sublinhou.
Bettencourt Picanço disse recear que «o Governo se prepare para ir mais longe nos cortes das remunerações e das pensões».
Quanto ao secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, limitou-se a dizer, no final desta ronda negocial, que os encontros serviram essencialmente para discutir melhorias no sistema de avaliação de desempenho dos funcionários públicos.
Sobre medidas concretas, Hélder Rosalino diz que a seu tempo o Governo anunciará o que tiver para anunciar.