A Associação dos Profissionais da Guarda marcou um protesto para 24 outubro contra as medidas de austeridade. À TSF, o presidente da APG não exclui a possibilidade de um protesto na rua.
A Associação dos Profissionais da Guarda (APG) ainda não sabe ao certo de que forma será feito o protesto de dia 24 de outubro, mas o presidente da associação, César Nogueira, destaca à TSF a possibilidade de ser na rua.
«Serão os profissionais a dizer à direção da APG em que moldes querem fazer o protesto, mas certamente passará por um protesto de rua porque só assim é que a tutela vai ouvir o descontentamento que existe entre os profissionais da GNR», revelou César Nogueira.
«O senhor ministro não tem ouvido a maior estrutura que é a APG, está de costas voltas, portanto como não quer discutir os problemas a melhor forma de ver o descontentamento dos profissionais é na rua», reforçou.
César Nogueira diz que os militares da GNR se sentem «duplamente prejudicados», uma vez que sentem as medidas de austeridade, como os restantes portugueses, mas também um conjunto de problemas que se arrastam há algum tempo e estão por resolver, em particular o estatuto remuneratório aprovado em 2010.
«Há vários pontos que faltam cumprir. Um deles é a passagem para a nova tabela, que foi criada há coisa de um ano pelo senhor ministro para tentar resolver o problema mas criou dois problemas. Colocou os militares da GNR em posições virtuais que não existem nesta tabela e isso veio criar algumas quezílias dentro da instituição porque há profissionais com dez anos de serviço ganham praticamente o mesmo que outros que entraram há coisa de um ano», destacou.
A associação mais representativa dos militares da GNR acusa ainda o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, de tentar colocar GNR e PSP uma contra a outra.
«O senhor ministro demonstra que está de costas voltadas com os profissionais da GNR, isso no nosso entender chama-se o dividir para reinar e até tentar colocar as duas forças [GNR e PSP] uma contra a outra, e isso nós não podemos deixar acontecer», criticou César Nogueira.