Para o investigador Domingos Xavier Viegas, as condições em que decorreu o incêndio de S. Brás de Alportel e Tavira tornavam difícil a ação da brigada que fez o ataque inicial.
Um investigador concluiu que faltaram meios e a monitorização das operações foi deficiente durante o grande incêndio no Algarve, que afetou os concelhos de S. Brás de Alportel e Tavira, em Julho.
Em declarações registadas pela RTP, Domingos Xavier Viegas, autor do relatório sobre este fogo entregue esta segunda-feira à tarde ao Governo, explicou que «nalgumas fases desse incêndio faltaram meios e homens, viaturas e às vezes meios aéreos».
«Se analisarmos as condições em que o incêndio ocorreu numa zona extremamente perigosa num dia crítico, era difícil uma brigada como a que fez o ataque inicial tivesse conseguido suster aquele incêndio», adiantou.
Xavier Viegas acrescentou ainda que foram chamados mais meios para combater este fogo, que apenas foi extinto ao cabo de três dias, mas lembrou que não havia condições para os ter no terreno.
Sem apontar culpados, este investigador concluiu ainda que «houve dificuldades de quem está a comandar ter a perceção de tudo o que se passa e do que está à sua volta».
Domingos Xavier Viegas entende ainda que houve dificuldades na «capacidade de acompanhar a evolução do incêndio nas suas várias fases e antecipar o que o incêndio podia fazer para poder reagir».