Economia

UTAO: Défice da Segurança Social superior a 230 milhões de euros

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A Unidade Técnica de Apoio Orçamental revela que, nos primeiros oito meses do ano, a deterioração do saldo da Segurança Social já excede em muito as previsões.

No documento a que a agência Lusa teve acesso, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) identifica que um dos principais fatores para esta evolução é o crescimento da despesa com o subsídio de desemprego que se situa muito acima da previsão implícita no orçamento retificativo.

De acordo com a UTAO, os gastos com subsídios de desemprego estão a crescer quase 23% quando a previsão era de uma subida de menos de 4%.

Desvios que têm sido compensados, ainda que de forma parcial, com uma forte contenção na ação social e na formação profissional à imagem do ano passado em que o aumento da despesa com pensões foi compensado com cortes nas mesmas áreas.

O relatório da UTAO dá ainda conta de uma redução em 15 e meio por cento nas despesas com pessoal da administração central e segurança social. Menos 1300 milhóes de euros em comparação com o mesmo período do ano passado.

Uma redução justificada, por um lado, com a suspensão do subsídio de férias dos funcionários públicos. Por outro lado, ainda que «em menor grau», com a redução do número de funcionários.

A UTAO sublinha que, até final do ano, a redução deverá ser maior quando forem considerados os efeitos da suspensão do subsídio de Natal, ainda que a redução do défice orçamental em termos ajustados continue bastante aquém do previsto para o conjunto do ano no orçamento retificativo.

João Alexandre