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Mais de 70 mil pessoas marcham em Madrid contra medidas de austeridade

Manifestação em Madrid RT

Mais de 70 mil pessoas começaram a chegar, ao início da tarde, à estação de Atocha, em Madrid, onde culmina uma marcha de protesto contra as medidas de austeridade do governo.

De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, cerca das 13:30 locais, a cabeça da manifestação - que segundo a organização juntou mais de 70 mil pessoas - chegou à estação de Atocha.

No manifesto final da Cimeira Social, lido pela atriz Nuria Pérez, do sindicato dos atores, condena-se a «deriva autoritária» do executivo por tentar reduzir o impacto das manifestações convocadas contra as suas decisões.

Segundo o texto, «a cidadania está a reagir e não há uma maioria silenciosa com que [o governo] possa jogar conforme lhe convém».

Os representantes da Cimeira Social exigiram a convocatória de um referendo popular sobre os cortes e deram a entender que o governo «tem medo» de perguntar às pessoas, porque já não conta com o apoio da maioria.

Durante a marcha, convocada por 150 organizações, gritaram-se palavras de ordem contra o sistema financeiro se podiam ler-se em cartazes pedidos de «cortes para os políticos».

Entre os manifestantes estavam vários grupos de defesa dos serviços públicos, como os membros da «maré verde» pela escola pública.

A dado momento, um grupo de manifestantes cantou a "Santa Bárbara Bendita", uma música convertida em hino durante os protestos dos mineiros contra os cortes do setor do carvão.

A manifestação de hoje coincide com a Jornada Mundial pelo Trabalho Decente, organizada pela Confederação Europeia de Sindicatos, que este ano tem como lema: "Juventude sem emprego, sociedade sem futuro".

As centrais sindicais dizem que a política de Mariano Rajoy e as fortes medidas de austeridade vão causar mais recessão e desemprego em Espanha e avisam que a possibilidade de uma nova greve geral depende do Governo.