O Presidente francês, François Hollande, anunciou o reforço da segurança junto a sinagogas no país, um dia depois de oito tiros de pólvora seca terem sido disparados junto a um espaço religioso judeu em Paris.
Hollande reuniu-se hoje com diversos líderes da comunidade judaica francesa e comprometeu-se a combater «com a maior determinação» a violência contra os judeus.
Hoje foi anunciado o desmantelamento de uma célula composta por jovens franceses convertidos ao islamismo radical e suspeitos de terem cometido ou planeado ataques contra a comunidade judaica.
A segurança junto às sinagogas em França será reforçada «nos próximos dias, nas próximas horas», declarou o Presidente francês.
A violência com base em convicções religiosas tem sido tema recorrente em França, com diversos episódios recentes a motivarem o reforço da segurança junto a espaços como sinagogas.
Um homem que afirmou ser militante da Al-Qaida fez em junho quatro reféns num banco em Toulouse, sudoeste de França.
A mesma cidade havia sido palco, em março, de três ataques contra militares e judeus cometidos por Mohamed Merah, um jovem que se disse apoiante da al-Qaeda e acabou por ser morto durante o cerco ao seu apartamento.
Duas famílias das vítimas de Merah solicitaram em agosto a audição pela justiça do ex-chefe dos serviços de informações franceses, Bernard Squarcini, após a desclassificação de documentos sobre a vigilância que estava a ser imposta ao atirador.
O franco-argelino de 23 anos matou três crianças e um professor judeus numa escola de Toulouse em 19 de março de 2012, após ter abatido três militares em Toulouse e Montauban em 11 e 15 de março.