O ministro das Finanças garantiu hoje, no Luxemburgo, que o Governo vai «tentar com afinco» substituir algumas das medidas de agravamento de impostos anunciadas para o próximo ano.
Sem querer entrar num concurso de adjetivos para qualificar a dimensão do aumento de impostos no próximo ano, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, admitiu esta noite, no Luxemburgo, que dentro de uma semana o Governo poderá apresentar um orçamento com um aumento da carga fiscal menos exigente do que o plano apresentado há uma semana.
«As linhas gerais do orçamento de 2013 manter-se-ão. No entanto, alguns dos aspetos dessas medidas poderão ser adaptados e estamos a trabalhar para procurar mitigar o agravamento que neste momento está previsto», afirmou.
Vítor Gaspar promete que até ao dia 15 vai procurar cortar nas gorduras do Estado de modo a carregar menos nos impostos, e já recebeu o aval internacional.
«Quer a troika, quer o Eurogrupo considerarão positivo se for possível substituir algumas das medidas de agravamento do lado da receita por medidas de corte de despesa. Isto significa que o trabalho e o esforço que é necessário (...) é também mais exigente que o habitual e também mais prolongado no tempo porque iremos tentar, com afinco, conseguir esses resultados até ao fim do processo de preparação e aprovação do orçamento na Assembleia da República», referiu.
No entanto, Vítor Gaspar não arriscou dizer que o aumento de impostos não vai continuar a ser enorme.
«Não quereria entrar num concurso de adjetivos. O pacote que foi apresentado inicialmente foi qualificado como foi qualificado e esperaremos pelos resultados finais para ver como podemos adjetivar sobre este processo», rematou.
O ministro das Finanças mostrou-se disponível para debater com os parceiros sociais novos modelos de crescimento, depois da estratégia que o Governo queria seguir, com as alterações à Taxa Social Única (TSU), ter sido recusada.