No final do encontro com o Governo, o líder da FESAP disse que se tratou de uma reunião «muito tensa» e que sentiu que estava «no meio de uma autêntica palhaçada».
Nobre dos Santos considerou que a reunião ficou marcada pela «falta de palavra» do Governo em relação ao cumprimento dos acordos.
«Nós tivémos de lembrar ao Governo, do ponto de vista político, todos os nossos desencantos com a política e fundamentalmente com a falta de palavra dada e do cumprimento dos acordãos feitos com os sindicatos. Inclusivamente, em determinada altura, tive de dizer ao Governo que nós sentíamos que estávamos no meio de uma autêntica palhaçada e eu era o palhaço-mor, porque, de facto, assinei acordos com o Governo, que hoje rompe», declarou Nobre dos santos aos jornalistas.
O líder da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) disse que tinha sido uma reunião «muito tensa», ainda assim, o dirigente sindical acredita ainda haver «uma maleabilidade possível em algumas matérias» e por isso vai continuar a negociar.
O Governo enviou segunda-feira aos sindicatos da função pública uma segunda versão de proposta negocial anual onde está previsto que a idade da reforma passe para 65 anos e que haja uma redução dos contratados a prazo no setor em mais de 50%.
A proposta do Governo está a ser hoje discutida com os sindicatos em reuniões sucessivas.