Educação

Lusófona tem dois meses para reavaliar todos os processos de creditação

Universidade Lusófona dr

O Ministério da Educação deu dois meses Lusófona vai reavaliar todos os processos de estudantes que se formaram na instituição com recurso à creditação profissional, entre eles, Miguel Relvas.

Em comunicado, o Ministério da Educação dá dois meses à Universidade Lusófona para rever os processos, adiantando que poderão ser anulados os graus obtidos de forma irregular.

Esta advertência surge na sequência de uma auditoria feita depois de estalar a polémica em torno da licenciatura do ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.

No relatório da Inspeção Geral de Educação e Ciência, a que a TSF teve acesso, o caso que mais salta à vista registou-se na licenciatura em Engenharia do Ambiente, em que um aluno demorou um dia para fazer o curso. Já a duração máxima para obter o canudo foi de pouco mais de cinco anos.

O relatório sublinha ainda que nas mais de 350 licenciaturas analisadas quase metade dos alunos conseguiu concluir o curso em menos de um ano, conseguindo entre dois a 55 créditos com tarefas académicas.

A grande maioria dos créditos foi conseguido ou pela via da experiência profissional ou por creditação académica anterior.

Nesta auditoria, o Ministério da Educação considera que a universidade não cumpriu todos os procedimentos legais. Por isso, e perante estas irregularidades, a tutela dá agora dois meses à Universidade Lusófona para voltar a analisar todos os processos de competências profissionais.

Nesta lista está o processo do ministro Miguel Relvas, que em apenas um ano concluiu a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais.

O processo de reavaliação que a Lusófona agora vai ter de fazer vai ser supervisionado pelo ministério e pode levar à anulação de algumas licenciaturas.

Perante todas as dúvidas relacionadas com a atribuição de créditos, o ministro da Educação quer ir mais além e rever a legislação sobre a creditação profissional para evitar «práticas abusivas».

A TSF tentou obter uma reação por parte dos responsáveis da Universidade Lusófona mas sem resultados até ao momento.

Redação