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Iranianos Jafar Panahi e Nasrin Sotoudeh vencem Prémio Sakharov

Jafar Panahi e Nasrin Sotoudeh Direitos Reservados

O Parlamento Europeu atribuiu o Prémio Sakharov ao realizador Jafar Panahi e à advogada Nasrim Sotoudeh, defensores dos direitos e liberdades do povo do Irão.

Os dois opositores ao regime iraniano cumprem pesadas penas de prisão a que foram condenados pela justiça de Teerão em 2010.

Jafar Panahi é realizador, argumentista e editor e o primeiro iraniano a receber um prémio no Festival de Cinema de Cannes. Os seus filmes focam, com frequência, as dificuldades enfrentadas por crianças, pobres e mulheres.

Nasrin Sotoudeh é advogada e defensora dos direitos humanos e representou ativistas da oposição que se encontravam presos e delinquentes juvenis condenados à pena de morte.

Os presidentes dos grupos parlamentares do Parlamento Europeu, reunidos hoje à margem da sessão plenária em Estrasburgo, escolheram «por unanimidade» os dois ativistas e opositores iranianos, sublinhou o presidente do Parlamento Europeu, Martin Shultz.

«São um homem e uma mulher que lutaram pela liberdade de expressão e pelos direitos civis e não se deram por vencidos apesar das intimidações do regime iraniano», referiu Schulz.

Os dois dissidentes constavam da lista final de candidatos ao Prémio Sakharov 2012 para a Liberdade do Pensamento. Eram também finalistas as três jovens russas do grupo "punk" Pussy Riot, condenadas a dois anos de prisão por terem entrado numa igreja ortodoxa para um concerto de protesto contra o Presidente Vladimir Putin, e o dissidente bielorruso Ales Beliatski, fundador de uma organização que apoia prisioneiros políticos na Rússia.