O Governo informou hoje que a informação das avaliações efetuadas pela Deloitte e pelo CaixaBI «não foi ocultada» à comissão parlamentar de inquérito ao BPN.
O ministério das Finanças esclarece que a informação sobre as avaliações realizadas ao BPN pela Delloite e pela Caixa BI (do grupo Caixa Geral de Depósitos) não foi ocultada à comissão parlamentar de inquérito.
A questão foi levantada, esta quarta-feira, pelo PCP que afirmou que a secretária de Estado do Tesouro e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, transmitiu aos deputados que só tomou conhecimento das avaliações realizadas ao BPN cerca de 15 meses após terem sido concluídas.
Em resposta o ministério lembra que Maria Luís Albuquerque apenas solicitou as avaliações à Caixa Geral de Depósitos porque estas não estavam no arquivo do seu gabinete, sublinhando que esse facto não significa que não tivesse conhecimento das mesmas.
Ainda assim, a secretária de Estado mostra-se disponível para voltar a esclarecer os deputados sobre esta matéria.
Dúvidas levantou também o Bloco de Esquerda. O deputado João Semedo afirmou que a existência de duas avaliações que atribuem ao BPN um valor médio de 101 milhões de euros só torna mais evidente que a venda do banco foi de favor.
Sobre esta declaração, o gabinete de Victor Gaspar limita-se a referir que as decisões tomadas pelo Governo tiveram por base o compromisso que foi assinado com a troika, acrescentando que existia uma data limite para a venda do BPN.
Para que não restem dúvidas, o ministério das Finanças diz ainda que as avaliações não foram relevantes para a tomada de decisão de venda do banco, uma vez que só foi apresentada uma proposta credível.