Política

Governo aceita exclusão do PS de redução da despesa em 4 mil milhões

Passos Coelho

O PM afirmou que o Governo aceita que o PS se tenha excluído do processo de redução da despesa em 4 mil ME e assumirá a responsabilidade de indicar medidas que somem essa poupança.

Em declarações aos jornalistas, no final de uma cerimónia na Academia Militar, na Amadora, Pedro Passos Coelho adiantou que o executivo não tem «nenhum compromisso assumido de fazer um corte específico nesta área ou noutra área» e que esse «é um exercício que está em aberto».

O primeiro-ministro defendeu que a redução da despesa em 4 mil milhões de euros acordada entre o Governo e a 'troika' implica uma reestruturação das funções do Estado, através de medidas que têm de ser indicadas a curto prazo, até ao sétimo exame regular do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal, em fevereiro.

«Nós aceitamos que o PS não se queira comprometer com o exercício. Temos evidentemente pena que seja assim, porque nós gostaríamos que estas medidas fossem entendidas por todos os portugueses como medidas que fossem duráveis, permanentes, e que não dependessem de um Governo em particular», afirmou Passos Coelho.

O primeiro-ministro acrescentou que, «se o PS não está disponível para se comprometer com esse exercício, e esse exercício tem de ser feito, o Governo não deixará de assumir as suas responsabilidades e não deixará, até fevereiro, de discriminar essas medidas».