No dia em que pela primeira vez na história o Braga coloca seis jogadores na seleção, Domingos Paciência elogia a política de António Salvador e vaticina «um grande jogo» domingo em Alvalade.
Domingos Paciência, que treinou o Braga antes de sair para o Sporting, disse numa entrevista à TSF que espera «um grande jogo», este domingo, em Alvalade, quando os dois clubes se encontrarem na 9ª jornada da Liga portuguesa.
«É lógico que o próximo jogo é importante, quer para o Braga quer para o Sporting e vou estar atento». Ao mesmo tempo, Domingos Paciência acredita que vai assistir a um desafio de boa qualidade.
«Vai ser diferente, devido ao momento que atravessam as duas equipas. Acho que vai ser um grande jogo», disse, no dia em que o clube bracarense atinge recorde histórico em convocatórias da seleção nacional, com seis jogadores.
Este é um sucesso que o ex-treinador de Braga e Sporting entende como «natural», sobretudo pela filosofia implantada pelo presidente bracarense António Salvador, que é a de «criar um clube sustentável, que consiga atingir os seus objetivos mas de uma forma pensada e equilibrada».
Ou seja, o Braga tem-se imposto na Liga dos Campeões, tem «vendido alguns jogadores que aparecem na equipa, o que permite também, de ano para ano, apostar em algo mais, até na conquista de títulos».
Os seis jogadores na seleção «são fruto daquilo que o Braga tem feito nos últimos anos, principalmente esta época e pela condição» em que se encontram os atuais elementos do plantel.
«Estou-me a lembrar do caso do Hélder Barbosa, que não teve muito espaço no FC Porto e acabou por conseguir elevar a sua carreira no Braga». Outros exemplos específicos são Custódio, Beto, Ruben Amorim e Ruben Micael, todos eles jogadores que não se afirmaram nos outros «grandes», além de Éder, reforço esta temporada e que também é, de novo, opção de Paulo Bento.
Mas há ainda os casos de Sílvio, Eduardo e Pizzi, igualmente convocados e cujos destinos estão ligados a boas prestações em Braga.
Isto acontece «pela ambição» que os jogadores «têm demonstrado em querer recuperar as suas carreiras», considerou o treinador, para quem o Braga é por isso «um exemplo a seguir pelos outros clubes».
«Quando eu saí de Braga, era um clube que tinha lucro e neste momento acredito que continua a ter porque ainda tem feito mais e melhor, dentro de um equilíbrio financeiro, que é aquilo que o presidente procura».